terça-feira, 20 de novembro de 2007

ao meu encontro

limpa até as mágoas e rancores
faça tudo límpido de novo
sei que tens poder e vais ficar
em mim

mesmo se parece tão perdido
sei que tu estás sempre comigo
venha ao meu enconto e seja pra ficar

porque só quem teve um bem já sabe
o quanto tem de felicidade
e quão pesada é a dor de ter que partir

domingo, 18 de novembro de 2007

mistério

Há um certo ar de mistério, isso é fato.
E de fato esse ar me consome fatalmente quando você olha e finge que não me vê aquela de antes, sorri dissimulado com o canto da boca e sorrateiramente se arrasta pro meu canto, dizendo a meia dúzia de palavras combinadas que eu adoro ouvir e que toda vez que dizes é de som diferente.
Havia um mistério na vontade do beijo, que prevalece pulsante, até que o fato seja consumado mais uma vez ou de uma vez por todas, pela primeira vez.
Do meu lado, seja o único capaz de dizer essa meia dúzia de palavras com verdade, seja o único que saiba o massete de entranhar seus dedos nos meus curtos cabelos, sem mistério e sem segredo, sem vontades nulas e sem medo.
Faça-me um favor, morda-me a nuca, beija-me a boca e tire toda a minha pretensão de fazer o resto da rima, de te ensinar o que você já sonhou em fazer, antes mesmo que eu soubesse como é bom.