domingo, 23 de novembro de 2008

fugi de você hoje,
da sua pele e fala assim bem perto
que sabe que me enlouquece
da sua boca e beijo quente e mãos por toda parte
a fazer sua arte.
me dei bem, talvez, sua lábia podia de novo me levar
e resolvi fingir que nem vi, fugi, corri
quis sumir de você pra ver se você sumia de mim
e mais uma vez esteve tão perto, quase numa fusão de vontades
e destinos certos, seu olhar indiscreto a me interrogar e despir
as lembranças como um filme, abriam as cortinas e livros selados
quantas delas, todas elas, as últimas, as primeiras,
e o quanto juramos não fazer no futuro, próximas lembranças
seu erro foi o meu prazer,
meu erro foi ter você, e me agarrar, apegar
te sentir intenso
mesmo sem amarras e contrato de exclusividade
quando estávamos juntos, éramos
não importava o tempo malandro, solto
brincando de correr dos nossos movimentos
gargalhadas olhando pro espelho no céu, dança de corpos e muito da alma envolvida
vidas com sede e saudade da nossa tipica e primária felicidade
que era do nosso tamanho e se encaixava tão bem
e de todos os momentos e viagens, nossa bagagem roubada
e nenhuma foto pra guardar, estampar paredes, estancar a correnteza de
coisas que passam na cabeça
do que fomos nós
e se não sobraram nós nesse laço mal feito.

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